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19 junho 2011

Após seis horas, sequestro em Brasília termina sem feridos

Os dois bandidos se entregaram e foram presos após negociação com a polícia

Luciana Marques
Freira é libertada do sequestro em uma residência na Quadra 711 Sul, em Brasília

Freira Clara, segunda refém a ser libertada, deixa a casa desmaiada (Celso Júnior/AE)

Terminou às 16 horas o sequestro de quatro mulheres em uma casa em Brasília. Os dois bandidos, Adelino de Souza, de 57 anos, e Bruno Leonardo Vieira da Cruz, de 29 anos, se entregaram à polícia e foram presos. Eles têm antecedentes criminais e, segundo o major da Polícia Militar Adriano Meirelles, já cometeram assassinatos e roubos. As reféns passaram as seis horas sob a mira de uma arma de fogo e, apesar da pressão psicológica, não sofreram agressões físicas.
Antes da rendição de Bruno, foram libertadas a freira Clara, que passou mal e desmaiou, e a grávida Miriam Sartori, de 26 anos. As outras reféns eram Carmem, de 56 anos, e a filha dela, Mariana Sartori, de 22 anos. Elas saíram do imóvel com Bruno, que se entregou primeiro. Parentes dos bandidos ajudaram na negociação, assim como um advogado e um frei.
Adelino, que segundo a polícia estava drogado e armado, permaneceu na casa após a liberação dos reféns e ameaçava suicídio, mas, pouco depois, também se entregou. Os dois foram levados ao Hospital Naval e depois seguiram para à 1º Delegacia de Polícia (Asa Sul). A polícia apreendeu um revólver calibre 38.
Operação - Cerca de oitenta policiais militares e homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope) trabalharam na operação desde às 10 horas. Durante a negociação, a única exigência dos assaltantes foi a garantia de que sairiam vivos do imóvel. Os policiais estavam determinados a só invadir a casa em último caso. O quarteirão foi isolado e os vizinhos tiveram de deixar suas casas.
Por precaução, atiradores de elite se posicionaram nas residências próximas do local do sequestro. A polícia providenciou a interrupção no fornecimento de energia elétrica na quadra, para impedir o acesso dos sequestradores ao noticiário sobre o caso, mas os bandidos conseguiram acompanhar a movimentação dos policiais pela televisão antes da energia ser cortada.
Seis negociadores da Polícia Militar e das Rondas Ostensivas Táticas Motorizadas (Rotam) participaram da negociação direta com os bandidos. “Conseguimos convencê-los de que seria melhor se entregarem para a garantia de suas vidas”, afirmou o comandante da Rotam e chefe da equipe de negociação, tenente-coronel Juarez Teixeira Madureira Junior.
A tensão cresceu quando eles souberam que os bandidos tinham no histórico criminal assassinatos e estavam usando cocaína e maconha dentro do imóvel. Adelino estava foragido. Ele saiu em um indulto e não voltou para a prisão. Adelino foi condenado a 28 anos de prisão e ainda precisava cumprir 17 anos. Bruno estava em liberdade condicional.
Assalto - A ação dos bandidos começou com uma tentativa de assalto a Guilherme Caldeira Sartoli, de 26 anos, marido de Miriam. Ele estava em frente à casa quando foi abordado. Pedreiros que trabalhavam em uma obra no telhado de um imóvel próximo viram a cena e chamaram a polícia. Surpreendidos pela viatura, os bandidos entraram na casa e fizeram as mulheres reféns. Guilherme ficou do lado de fora. A polícia suspeita que os bandidos tentavam fazer um sequestro relâmpago do rapaz para realizar saques em um banco.
A primeira informação da PM era de que havia três mulheres reféns, mas o dado foi retificado às 13h50. Um porta-voz disse que, desde o início do sequestro, uma quarta mulher estava dentro da casa e passava informações para a polícia por telefone.

Fonte: http://veja.abril.com.br

Um comentário:

  1. Um trabalho perfeito, ninguém saiu ferido, reféns resgatados com sucesso, bandido preso, tudo na mais perfeita ordem e como recompensa recebemos uma ordem para trabalhar de rp e po na asa sul.
    Se é para ser castigado por um trabalho bem feito da proxima vez melhor deixar o bandido matar todo mundo e depois matar ele também, se de qualquer forma vamos ser punidos mesmo!!!

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